Suzuki Grand Vitara
Em meio a tanto frisson por causa do Salão de Paris, a Suzuki trouxe ao Brasil uma novidade que não fez alarde algum mas tem tudo para agrad...
Em meio a tanto frisson por causa do Salão de Paris, a Suzuki trouxe ao Brasil uma novidade que não fez alarde algum mas tem tudo para agradar bastante. Trata-se da mais nova linha do seu famoso crossover Grand Vitara, que passou por um leve face-lift para marcar a meia-vida da atual geração, mas o mérito maior está em que essa mudança chegou aqui apenas poucas semanas depois do lançamento mundial, que se fez durante o último Salão de Moscou. Aqui você verá as demais melhorias que ele apresenta.
Este modelo não tem trinta anos de mercado mundial, mas já é velho conhecido dos brasileiros. Sua primeira aparição se fez no começo dos anos 1990, quando a Suzuki aproveitou as facilidades vindas da reabertura das importações e do real valorizado para tentar a sorte entre nós. E seu início teve certo êxito, com seus pequenos jipes Samurai e Vitara obtendo vendas consistentes cuja base era a construção resistente e com direito a tração 4x4, preço reduzido e até mesmo o próprio apelo de novidade: o primeiro usava desenho mais rústico para focar mais em serviços pesados, ao passo que o segundo se valia de linhas mais simpáticas e cores alegres para atrair o público jovem. Por mais que esta situação tenha sido parecida à das Pick-up Fiat e Pick-up City, eternizada pela Fiat com o slogan “Enquanto uma trabalha, a outra se diverte”, anos depois a Suzuki não resistiu às flutuações da nossa moeda e encerrou as operações no país. Algum tempo depois nós chegamos a receber sua geração seguinte como Chevrolet Tracker, mas sem que esse parentesco fosse explicitado, mas o final da década nos reservou a volta do Vitara. Dessa vez apenas na versão mais luxuosa, com o prenome Grand, e portanto dedicada a um público bem diferente.
Infelizmente não se pode negar que, além da própria mudança de contexto temporal, essa mudança de imagem fez o Vitara perder bastante da imagem que construiu em seus primeiros anos de Brasil, mas outro fato é que ele se tornou um produto de qualidade, com nível suficiente para competir com veteranos como Chevrolet Captiva, vedetes como Kia Sportage ou mesmo com as versões mais caras de opções de porte menor, como Ford EcoSport. Se o visual não mudou mais que grade e parachoque dianteiros, revestimentos dos bancos e rodas, o pacote de itens é excelente: ele inclui ar-condicionado digital, computador de bordo, trio elétrico e o sistema Brake Override, que presta auxílio extra em frenagens de emergência. Todas as versões também compartilham o 2.0 16v feito em alumínio, com potência de 140 cv e torque de 18,7 kgfm, e mudam bem pouco: usando câmbio manual ele custa R$ 72.914 com tração 4x2 e R$ 81.875 com 4x4, enquanto o câmbio automático eleva a R$ 80.300 e R$ 88.025. Outra novidade é o teto solar, mas só se pode levá-lo nas versões automáticas, por mais R$ 2 mil. Existem seis opções de cor, mas já se anunciou que no Salão do Automóvel de São Paulo chega uma série especial, que entre outros itens traz cor exclusiva.