Mercedes-Benz ML
Não é preciso entender muito de carros para lembrar da primeira geração do ML . Este crossover surpreendeu no final da década de 1990 por se...
Não é preciso entender muito de carros para lembrar da primeira geração do ML. Este crossover surpreendeu no final da década de 1990 por ser o primeiro do estilo feito por uma marca até então fortemente especializada nos sedãs e peruas de luxo. Sua proposta de meio-termo entre jipes e peruas teve tanto sucesso que mais tarde vieram o GL para quem tende mais ao primeiro lado, e a classe R para quem se inclina ao outro. Preferências à parte, o ML estreia aqui sua terceira geração na versão ML350 BlueEfficiency.
Seria redundante comentar o quanto o ML lembra os modelos da marca, porque isso se vê com clareza nos vários elementos que caracterizam qualquer Mercedes-Benz mais recente. Afinal, se não bastam as laterais com vincos bem-definidos mas que não chamam atenção em excesso ou a traseira com lanternas vermelhas que ostentam um elemento branco no centro, a dianteira volta a exibir a grade originada com o SLS. No entanto, este crossover se torna interessante pelo fato de seguir a tão valorizada prática alemã de se parecer com os antecessores. Por mais que seu comprimento esteja maior ele preserva um ar mais compacto, que se opõe à opulência na qual apostam alguns rivais. As lanternas mantêm formato parecido, mas o maior déjà vu fica pelas janelas traseiras, entre as duas últimas colunas: o formato reto em cima e que desce em curva é o mesmo do modelo de 1997, e com a mesma junção ao vidro traseiro formada pelas últimas colunas ocultadas pelos dois vidros. Isso também colabora para maior leveza visual, que aliado aos cromados na dose certa permitem resultar numa agradável sensação de agilidade.
Custando R$ 335 mil, a versão que chega ao país tem tudo para atrair quem gosta de luxo. Se por fora ele procura parecer pequeno, a cabine se esforça em relembrar ao dono que ele tem um Mercedes-Benz – e o consegue com um êxito surpreendente. Depois de se retirar o olhar da profusão de couro e detalhes em alumínio que não deixam nada a desejar em relação a muitos sedãs de luxo, sua lista de equipamentos continua a surpreender: ele traz acesso à internet por meio de um celular 3G, amortecedores adaptativos, ar-condicionado trizona, airbags frontais, laterais e de joelhos, GPS e teto solar. Fora os sistemas de controle de aceleração (ASR) e de tração (4ETS) em cada roda e de estabilidade em descida (DSR) Intelligent Light para os farois e Active Park Assist, que praticamente estaciona o carro sozinho. Sob o capô, o sobrenome da versão já indica que o V6 3.5 traz um extenso pacote de tecnologias com foco em reduzir consumo e emissões. Gera potência e torque de 306 cv e 37,7 kgfm e usa o câmbio automático 7G-Tronic, com sete marchas e opção manual, para fazer 0 a 100 km/h em 7s6 e chegar à máxima de 235 km/h.