Nissan Sylphy
Conhecido por sua absurda variedade de opções de carro e pela ainda mais incompreensível aceitação que quase todos eles conseguem receber, o...
Conhecido por sua absurda variedade de opções de carro e pela ainda mais incompreensível aceitação que quase todos eles conseguem receber, o mercado chinês agora vê um sedã até então exclusivo de lá ganhar nova geração projetada para ser global. O Sylphy acaba de ter suas vendas iniciadas ali, mas sua marca espera que a China seja apenas o primeiro de muitos mercados a lhe receber bem. Este carro ganha importância para nós justamente porque já se sabe que um desses tantos mercados vai ser o nosso.
Naquele mercado este carro será apenas a nova geração do Sylphy, um sedã que na geração anterior teve as vendas ancoradas por um desenho de gosto duvidoso. Agora ele passa a incorporar as mais recentes tendências de estilo que a Nissan vem instaurando em seus sedãs, o que lhe permite apresentar-se como uma perfeita opção entre o pequeno Versa e o mais luxuoso Altima. É isso mesmo: como agora ele é global, significa que esta é a próxima geração do que nós conhecemos como Sentra. Os traços familiares se mostram desde a dianteira, com farois recortados segundo o clássico estilo japonês e que ladeiam uma grade trapezoidal. As laterais destacam um vinco forte mas curioso, porque começa acima dos paralamas mas depois destes segue reto numa altura menor – a intenção deve ter sido de fugir da moda das linhas elevadas demais ali. Essa mesma linha, quando vista de trás, termina por ligar os farois às lanternas, estas sim de desenho bem inspirado. É interessante como o Versa influenciou o desenho dos dois irmãos maiores: o Sylphy também passa a sensação de separar visualmente as janelas do resto do carro, ainda que a sua traseira tenha se livrado da aparência caída que macula o desenho daquele.
A China consegue ser pior que o Brasil na prática de vender em paralelo duas gerações de um mesmo carro, mas é de se esperar que para nós o Sentra antigo saia de linha com a chegada do novo. Os planos são de recebermos este carro em 2013, formando uma lista de 140 países nos quais a marca pretende oferecê-lo. Trata-se de um projeto bem mais elegante que o Sentra atual, especialmente no interior: a cabine do Sylphy mostra que sabe agradar seu público apostando nos materiais em dois tons combinados a detalhe em madeira, tudo para causar uma impressão de requinte mais sóbrio, que visa agradar aos clientes mais conservadores. O lado bom é que nada disso lhe impede de dedicar atenção à tecnologia: as fotos indicam lanternas em LED e que ele pode trazer ar-condicionado digital e partida feita por botão, além do acabamento interno em couro. Na China, sua versão básica usará um 1.6 (começa em 119.000 RMB) e a completa um 1.8, ambos com câmbio manual ou CVT, mas é de se esperar que aqui ele mantenha o 2.0 atual por questões de imagem. Aliás, essa imagem tem altas chances de ter sua primeira exposição a nós com o Salão do Automóvel.