JAC J5
Ontem a JAC comemorou o primeiro aniversário de suas operações no Brasil, ao lançar seu quarto modelo, o J5. Dessa vez a ideia é atacar entr...
Ontem a JAC comemorou o primeiro aniversário de suas operações no Brasil, ao lançar seu quarto modelo, o J5. Dessa vez a ideia é atacar entre os médios da mesma forma que faz a J6, mas é bem provável que as características dele lhe farão ter maior sucesso não neste, mas sim no segmento logo abaixo, o dos sedãs premium. O que em momento algum chega a ser demérito, porque o novo sedã representa um salto e tanto em sofisticação, quando comparado aos J3.
Seu desenho logo traz à memória a ideia de um J3 Turin “aperfeiçoado”. Afinal, estão lá os mesmos elementos, como os faróis amendoados que se esvaem num vinco em U que sustenta a maior tomada de ar do parachoque e parece fazer a grade superior levitar sobre ela. As laterais tentaram seguir o conservadorismo típico da categoria, mas é fácil perceber que a cautela da JAC em não ousar demais levou a um desenho simples demais, sem nada que chame a atenção. Somadas à traseira com o vistoso filete cromado acima do suporte da placa, fazem o modelo parecer antigo.
A cabine de bancos de veludo e painel de iluminação azul tampouco difere muito do resto da linha, e também oferece o mesmo carnaval de itens sobre o qual a marca tanto alardeia: temos ar-condicionado digital, airbag duplo, alarme, direção hidráulica, sistema de som multimídia com seis alto-falantes, trio elétrico, freios com ABS e EBD, rodas de liga leve aro 16”, farois de neblina e sensor de estacionamento, entre outros. Tudo de série, com o único opcional sendo as rodas de 17 polegadas. Seu porta-malas leva 460 litros, mas é na parte técnica que ele traz contrastes não muito bons.
Temos suspensões dianteira e traseira independentes e motor em alumínio, mas este 1.5 VVT também funciona como ponto negativo. Por mais que a marca se orgulhe em contar os 125 cv e 15,5 kgfm de potência e torque, seu desempenho não será dos melhores. Mas o principal problema desse carro é entrar num segmento em que o status conta muito mais que aspectos racionais como potência específica. Quem compra um sedã médio quer desfrutar de motor 1.8 ou 2.0, câmbio automático, e logotipo de certo renome, como Citroën, Honda, Peugeot, Renault ou Toyota. E nada disso se encontra no sedã chinês.