Renault Zoe
Lançado no último Salão de Genebra, é outro salão que marcará o passo seguinte do Zoe: suas vendas começarão em outubro, após o Salão de Par...
Lançado no último Salão de Genebra, é outro salão que marcará o passo seguinte do Zoe: suas vendas começarão em outubro, após o Salão de Paris. A Renault cada vez mais associa sua imagem à ecologia com o crescimento de sua linha de carros elétricos, cuja sigla ZE vem de Zero Emission. Mas este compacto tem um mérito particular porque é o primeiro carro dos franceses a ser projetado totalmente com foco na propulsão elétrica. Aqui você conhecerá um pouco mais sobre esse interessante hatchback.
Por mais que os ZE agora sejam quatro, tal primazia do Zoe se deve ao fato de que Fluence e Kangoo nasceram com motores a combustão e ganharam apenas uma versão elétrica, ao passo que o Twizy sempre a usou mas não chega à concepção tradicional de carro. Pelas fotos abaixo é possível relembrar que ele foi um dos primeiros a usar a atual tendência de estilo da Renault, em que a frente une farois bem esguios com os lados da grade em duas grandes faixas que convergem ao centro do espaço para sustentar o escudo da marca em posição de destaque. Seu parentesco com o novo Clio é grande mas não passa pelo desenho: o irmão elétrico aposta em linhas bem mais limpas, que lhe conferem uma agradável fuga da profusão de vincos, recortes e relevos que tem se estabelecido como tendência entre os carros mais atuais. As luzes diurnas, por exemplo, ficam recolhidas em pequenas fendas no parachoque, que por sua vez realça a pequena tomada de ar dianteira. Um detalhe interessante é que os Renault elétricos exaltam a cor azul nas lanternas, interior e até no logotipo da marca.
Essa diferenciação entre Clio e Zoe foi uma estratégia muito acertada. Porque os carros elétricos precisam focar na eficiência o máximo possível, implicando em que características como a aerodinâmica apurada adquirem importância enorme. Para atender a essas premissas são necessárias concessões, não só no desenho como na verdade em tudo que tenha potencial de consumir muita energia. Ou seja, estão de fora os motores muito fortes, que ajudaram o Clio a fazer fama com as incontáveis versões esportivas da geração anterior, e os itens de luxo e tecnologia, que por sua vez são o foco maior da atual geração do hatch. Então, a coexistência de Clio e Zoe permite que o primeiro mantenha as tradições que vem firmando desde 1990 enquanto o outro atrai a clientela que foca mais na ecologia, chegando assim a cumprir os dois objetivos plenamente. Porém, como bom irmão que é, o Zoe não esconde os genes que carrega: ele também traz as maçanetas traseiras escondidas atrás das janelas, e entrando na cabine logo se percebe o painel cuja touchscreen da central de entretenimento apresenta formato de tablet.
Ele será vendido em três versões: a Life parte de 15.700 euros, e a Zen e a Intens de 17.500 euros cada. O motor é sempre o mesmo e gera potência e torque de 88 cv e 22,4 kgfm, números que lhe levam à velocidade máxima de 135 km/h e à autonomia de 150 km. Aliás, dependendo da tomada a recarga dura entre trinta minutos e nove horas. Ele procura economizar energia com o sistema Range Optimizer, que comanda os responsáveis por melhorar a autonomia real: bomba de aquecimento para regular a temperatura da cabine gastando menos energia e sistema de recuperação de energia das frenagens, além dos pneus de alto desempenho energético. Medido 4,09 metros de comprimento por 1,73 metro de largura, o Zoe adota a engenhosa solução de seu plugue de recarga ficar por trás do logotipo da marca na dianteira: além de seu tamanho avantajado servir de tampa de fácil operação, é sempre valorável a ideia de fazer o cliente lembrar que dirige um carro deles sempre que recarregá-lo. Quanto a nós, brasileiros, resta esperar que pelo menos os veículos híbridos ganhem boa aceitação no país, para depois começar a esperar a vinda massiva de elétricos como este.